Certa vez estava em uma empresa para prestar uma consultoria e uma cena me marcou. Faltavam 3 minutos para o término do expediente e o telefone tocou. Inacreditavelmente ele continuou tocando por mais uns 30 segundos. Porque inacreditável? Você deve pensar que a sala estava vazia, certo? Errado, muito errado, pois contei umas 20 pessoas. Lá pelas tantas alguém gritou “ninguém vai atender não?”, logo o toque ensurdecedor deixou de existir e a pergunta retórica pairou em meu pensamento “porque ninguém atendeu antes da intimação?”. Curiosamente, apesar da dúvida ter ficado no meu âmbito, obtive minha resposta, pois alguém resolveu comentar o ocorrido:
– Tá maluco que eu vou atender no término do expediente! Vai que é problema e fico prezo aqui.
Porque comecei contando esta história? Pensa comigo, imagina se fosse um possível cliente querendo informações dos serviços prestados pela empresa. Poderia ser algo pior? Imagina um Cliente insatisfeito com algum serviço prestado e procurando explicações. Conseguir um cliente novo sempre é muito difícil no meio corporativo, muito pior é recuperar um cliente insatisfeito. Eu poderia ficar aqui o dia inteiro cogitando a respeito de situações negativas por um simples ato de não atender ao telefone, porque alguém que poderia ter atendido não se importava com isso.
Que tipo de colaborador você é, já pensou nisso?
Com o mercado de trabalho super competitivo, certos profissionais se tornaram a menina dos olhos dos headhunters de plantão. Que tipo de profissional? Os que se importam!
Se o profissional se importa, ele estará comprometido com o sucesso da empresa, vai trabalhar para o sucesso dos clientes e com o desenvolvimento da equipe, sem estar preocupado em se tornar um ser centralizador e insubstituível.
Se ele desenvolveu este perfil, ou seja, “vestiu a camisa da empresa”, estará sempre disposto a colaborar, mesmo que a tarefa não seja de sua responsabilidade. Ele trata a empresa como se fosse sua. Com isso em mente, passa a ajudar os colegas de trabalho e seus superiores na tomada de decisões. Nenhum sentimento mesquinho se instala em seu coração quando o companheiro de trabalho está alcançando sucesso e não se permite pensar “porque ele e não eu”, mas se sente agradecido pelo que é justo.
Sua paixão pelo trabalho o impulsiona para trabalhar cada vez melhor, tornando-se um inspirador, criando um saudável ambiente de trabalho, com foco, flexibilidade, pró-atividade e de excelente comunicação.
Nos artigos anteriores perguntamos que tipo de líder a pessoa era. Agora te pergunto, que tipo de colaborador você é?
Permita-se auto avaliar-se a respeito disso e experimente uma mudança de paradigma.
Na próxima publicação, falarei de um profissional que se permitiu mudar e que acabou tendo uma grande surpresa em sua vida.
Não perca!
Deny Libéttener